A noite
para a qual se fazem mais preparativos que acabam por não acontecer. Ano após
ano, fazemos os mesmos erros. Planeamos a noite, onde vai ser, quem vai, o que
comer e beber, onde festejar a meia-noite. Para nada, no fundo. Mas é bom fazer
estes planos, e por isso todos os anos repetimos a dança.
Começa, em geral, com aquele amigo que vive no estrangeiro. Precisa de saber se o grupo vai fazer alguma coisa para marcar voos. Em especial, precisa de saber que não vai ficar apeado quando podia ficar onde está, com as pessoas com quem convive normalmente. Isto acontece algures entre o final de Agosto e meio de Setembro, e tem sempre muitas respostas positivas e esperançosas no grupo do WhatsApp. Aparecem logo algumas casas que vão “de certeza” estar vazias e que podemos usar (curiosamente, a minha é sempre uma delas). Nice. Então cozinhamos ou encomendamos? Cozinhando, quem? A partir daqui, entramos no “mais perto decidimos”.
E chega o início de Dezembro. Nesta altura, já seria bom começar activamente a pensar no que fazer. Infelizmente, esta é a altura de cumprir prazos no trabalho e comprar prendas de natal, o que dificulta as combinações. Mas é preciso fazer a pergunta que se torna na primeira peça de dominó a cair, que é se alguém tem alguma ideia concreta.
A primeira resposta é que nenhuma das casas está livre, excepto a minha. Todos os anos é a mesma coisa. A única outra hipótese é juntarmo-nos à festa do amigo do irmão de não sei quem, que vai ter 40 pessoas. Portanto, é em minha casa. Qualquer coisa calma. Mas, entretanto, é preciso lidar com cada amigo individualmente.
O primeiro diz que só pensa nisso depois do natal, para ver todas as ofertas em carteira e escolher a que mais lhe agrada. Normalmente, avisa dia 31 que vai para outro lado.
O segundo espera até dia 23 de Dezembro para dizer que já tem planos.
O terceiro espera até dia 27 para dizer que vai para fora.
O quarto lembra-se que não falámos com aquele casal amigo que também costuma fazer planos calmos em casa. Falamos com eles. Vamos a casa deles.
O que vive no estrangeiro lembra-se que já marcou voo de regresso para depois do natal e vai passar o ano lá onde vive.
O último avisa dia 1 de Janeiro que já tinha planos e não podia.
E em Agosto, recomeçamos.
Começa, em geral, com aquele amigo que vive no estrangeiro. Precisa de saber se o grupo vai fazer alguma coisa para marcar voos. Em especial, precisa de saber que não vai ficar apeado quando podia ficar onde está, com as pessoas com quem convive normalmente. Isto acontece algures entre o final de Agosto e meio de Setembro, e tem sempre muitas respostas positivas e esperançosas no grupo do WhatsApp. Aparecem logo algumas casas que vão “de certeza” estar vazias e que podemos usar (curiosamente, a minha é sempre uma delas). Nice. Então cozinhamos ou encomendamos? Cozinhando, quem? A partir daqui, entramos no “mais perto decidimos”.
E chega o início de Dezembro. Nesta altura, já seria bom começar activamente a pensar no que fazer. Infelizmente, esta é a altura de cumprir prazos no trabalho e comprar prendas de natal, o que dificulta as combinações. Mas é preciso fazer a pergunta que se torna na primeira peça de dominó a cair, que é se alguém tem alguma ideia concreta.
A primeira resposta é que nenhuma das casas está livre, excepto a minha. Todos os anos é a mesma coisa. A única outra hipótese é juntarmo-nos à festa do amigo do irmão de não sei quem, que vai ter 40 pessoas. Portanto, é em minha casa. Qualquer coisa calma. Mas, entretanto, é preciso lidar com cada amigo individualmente.
O primeiro diz que só pensa nisso depois do natal, para ver todas as ofertas em carteira e escolher a que mais lhe agrada. Normalmente, avisa dia 31 que vai para outro lado.
O segundo espera até dia 23 de Dezembro para dizer que já tem planos.
O terceiro espera até dia 27 para dizer que vai para fora.
O quarto lembra-se que não falámos com aquele casal amigo que também costuma fazer planos calmos em casa. Falamos com eles. Vamos a casa deles.
O que vive no estrangeiro lembra-se que já marcou voo de regresso para depois do natal e vai passar o ano lá onde vive.
O último avisa dia 1 de Janeiro que já tinha planos e não podia.
E em Agosto, recomeçamos.