20 março, 2025

A par e já passou

    Actualmente, vivemos numa época de rápidas mudanças. Tudo dura pouco tempo, e é preciso haver estímulos novos a intervalos de tempo muito curtos. Aqui, tento falar sobre alguma coisa que me chame a atenção, porque nem sempre estas coisas acontecem na altura em que escrevo. Além disso, quase ninguém lê este blog (olá, Tiago), até parece que vai fazer diferença.
    No ramo da política, esta rapidez é mais ou menos o mesmo que levantar poeira para não se ver o que se passa. Não há muito tempo, estava-se a falar de roubos no aeroporto e outras coisas com aplicações de telemóvel, e estava a correr mal para algumas pessoas. Essas pessoas ripostaram com um ataque ao governo, amplamente criticado por ser uma manobra de distracção, e que não iria resultar. E, entretanto, o que aconteceu aos casos deles? Também não sei, mas, ao que parece, já não interessa.
    Do outro lado do charco, há gente a disparar e a fazer bullying para todo o lado, principalmente para amigos (jogada estranha…), mas são tantas ao mesmo tempo que não dá para seguir todas. Imagino que seja parte do plano, como podemos saber o que aconteceu com a questão das pescas se já temos de nos preocupar urgentemente com as energias renováveis? E isto vindo de pessoas que são anti-renováveis e que agora são os maiores apoiantes de carros eléctricos… Já da democracia e soberania de outros países (e em geral), não tanto.
    Com isto tudo, ainda faltam as tendências nas redes sociais, que não tenho. Como posso acompanhar os desafios do momento? Não dá, até porque nem sei onde os procurar, e quando oiço falar neles, já há um novo. O “that’s so last year” tornou-se no “that’s so last week”, e não tenho capacidade para estar a par. Felizmente, há rubricas como o “Extremamente Desagradável” e a sua cara-metade da tarde (pun intended) “Seja o Que Deus Quiser” para nos trazer os disparates mais relevantes. Que por sua vez, me fazem ter menos vontade de tentar estar a par do que se passa nas redes sociais, por mais divertidos que sejam, e são muito. Na volta, é melhor ter só atenção e ver se as malas estão bem identificadas. Jogar pelo seguro.